SONHOS E
PLANOS FUTUROS
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"Sonhos são as coisas mais preciosas que temos.
São como sementes que plantamos no nosso destino. Contudo, para germinarem e se transformarem em árvores de sucesso,
precisam do nosso trabalho diário e da nossa persistência!"
Marcos Pontes

Objetivo 2: Ser Presidente da Agência Espacial Brasileira - AEB

Atualizado em Dezembro de 2013


Cenário Atual


A AEB é uma organização civil subordinada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Tenho trabalhado no Programa Espacial Brasileiro desde 1998, o que correponde a mais de 15 anos de serviço civil para o Brasil na área espacial. Durante todo esse tempo, tenho estado disponível, como astronauta profissional para realizar voos espaciais.

Contudo, além da função de astronauta e elemento de ligação para a AEB, também tenho, como todos os astronautas dentro da estrutura da NASA aqui em Houston, outras funções técnicas e administrativas. No Programa da Estação Espacial Internacional (ISS), já assumi, entre outros, os cargos técnicos de Analista de Procedimentos Operacionais de Sistemas, Chefe da Divisão de Software e Chefe da Divisão de Testes de Integração de Múltiplos Elementos, sendo responsável por centenas de engenheiros e colaboradores em diversos países e gerenciando projetos de grande complexidade internacional, como os testes do módulo laboratório japonês KIBO, durante 3 anos em Tsukuba, Japão.

Além disso, inerente ao cargo de astronauta, está a função de Relações Internacionais e Institucionais, pois temos que representar e defender os interesses do setor espacial em diversas ocasiões junto às autoridades de outros países, junto ao público em geral, diplomatas e meio político. Nesse contexto, assim como em outros países, no Brasil utilizo meus conhecimentos técnicos e a influência pública como astronauta para dialogar com autoridades e políticos para promover os projetos e a importância do Programa Espacial Brasileiro.

Ao longo de todos esses anos de trabalho como astronauta conquistei o respeito e estabeleci uma ampla rede de contatos com a comunidade internacional do setor, incluindo agências espaciais, centros de pesquisas, empresas e universidades. Isso poderia ser de enorme importância para negociações e geração de oportunidades para o Programa Espacial Brasileiro no mercado internacional.

No exterior, o reconhecimento do meu trabalho técnico e operacional na NASA e a minha experiência no setor político internacional foram razões para que eu fosse convidado pela WorldSkills International, pela FIRST e pela ONU para representar tais organizações no mundo como Embaixador.

Contudo, no meu próprio país, raramente sou convidado pela administração para participar do desenvolvimento de sistemas, opinar tecnicamente sobre a gestão do programa ou para representar o Programa Espacial junto à população, imprensa, autoridades, empresas, universidades, outras organizações ou políticos no Brasil ou no exterior. Estranhamente, diferente de como sou utilizado pelas organizações internacionais, no Brasil sou visto pela administração apenas como "figura de marketing" e alguém que gosta de Educação e de motivar jovens para as carreiras de ciência e tecnologia.

Obviamente, adoro Educação e acredito ser de enorme importância a motivação de jovens. Mas isso, definitivamente não é tudo que posso fazer pelo Programa Espacial Brasileiro. Eu poderia ser MUITO mais usado pelo Brasil dentro da área técnica e administrativa do Programa, especialmente levando-se em conta que, além de ser o único profissional disponível com experiência operacional no espaço e com conhecimento técnico profundo dos programas espaciais americano e russo, talvez eu também seja o profissional do Programa com maior experiência e reconhecimento internacionais. Pelo menos não conheço ninguém no Programa que tenha estado por mais de 15 anos no exterior, trabalhando com as maiores agências e organizações do setor espacial, e disponível.

Assim, a maioria das minhas ações em prol do setor espacial no Brasil são de iniciativa própria e sem qualquer apoio institucional. Tenho feito isso por muitos anos e confesso que é bastante frustrante, principalmente por saber que os resultados seriam muito maiores e significativos se eu tivesse o apoio institucional adequado e mais "poder de decisão" na administração.

Assim, o meu objetivo de ser Presidente da Agência Espacial Brasileira é lógico, justificado e positivo para o país.

Contudo, assim como em outras organizações de finalidade técnica no Brasil, a direção não é definida apenas por critérios técnicos e lógicos, mas sempre com um grande percentual de acordo político. Como eu sempre estive, por ideologia, afastado da participação direta na política nacional, limitando-me apenas aos contatos de "pedir apoio" aos políticos para as finalidades do setor espacial, minhas chances de ser indicado pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Ciência e Tecnologia para a Presidência da AEB eram praticamente nulas.

Agora, a partir de 2013, sou membro efetivo de um partido político.

Estratégia e Planos


Considerando que o cargo é por indicação, a única coisa que eu posso fazer nesse sentido, além de ter as condições técnicas para assumi-lo, é me colocar à disposição, como já é de conhecimento geral, e aguardar.

Por critério ideológico e de acordo com meus valores pessoais, não negocio nem aceito qualquer "troca de favores" para ser indicado, ou indicar qualquer pessoa, ao cargo. Ou eu sou indicado corretamente pela minha qualificação técnica e lógica de exercer o cargo para o Brasil, ou esse objetivo não será cumprido.

Riscos aos Planos


Certamente, existem diversos riscos à execução dos planos acima, entre eles:

  • Ser indicado para o cargo de forma não ideal e, portanto, não receber ou não ter o apoio necessário do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação