SONHOS E
PLANOS FUTUROS
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"Sonhos são as coisas mais preciosas que temos.
São como sementes que plantamos no nosso destino. Contudo, para germinarem e se transformarem em árvores de sucesso,
precisam do nosso trabalho diário e da nossa persistência!"
Marcos Pontes

Objetivo 1: Retornar ao Espaço

Atualizado em Dezembro de 2013


Cenário Atual


Como astronauta profissional, para retornar ao espaço, existem os seguintes destinos/missões possíveis no cenário atual da exploração espacial no mundo:

  • Estação Espacial Internacional – para manutenção de sistemas e pesquisas em missão oficial do governo Brasileiro.
  • Estação Espacial Chinesa – para montagem, manutenção de sistemas e pesquisas em missão oficial do governo Brasileiro
  • Estação Espacial Bigelow – para montagem, manutenção de sistemas e pesquisas como funcionário contratado pelo setor privado americano.
  • Estação Espacial Internacional – para desenvolvimento e testes de espaçonaves de transporte como funcionário contratado do setor privado americano.
  • Estação Lunar NASA/Bigelow – para montagem, manutenção de sistemas e pesquisas como funcionário contratado pelo setor privado americano ou pela NASA.
  • Projeto Mars1 SpaceX – para montagem, manutenção de sistemas e pesquisas como funcionário contratado pelo setor privado americano.
  • Voos turísticos suborbitais – para testar os sistemas das espaçonaves e, depois, para levar e trazer turistas ao espaço como funcionário contratado pelo setor privado americano.

Existem os diversos veículos disponíveis e em desenvolvimento no mundo para transporte de tripulação, por exemplo:

  • Soyuz – Energia, Rússia.
  • Shenzhou - China.
  • Dragon – SpaceX, USA.
  • PPTS - Roskosmos, Rússia.
  • CST 100 – Boeing, USA.
  • Dream Chaser – Sierra Nevada, USA.
  • Blue Origin, USA.
  • ATV -  EADS Astrium e DLR, EU.
  • SpaceShip2 – Scaled Composites, USA.
  • Lynx - XCOR, USA.

Atualmente, continuo à disposição do Governo Brasileiro, como único astronauta profissional já preparado e pronto, aguardando escalação para o meu segundo voo espacial, levando a bandeira do Brasil, pesquisas nacionais, e/ou outros itens de missão, conforme determinação da Agência Espacial Brasileira - AEB.

O Programa Espacial Brasileiro tem 3 setores básicos: Satélites, sob responsabilidade do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Foguetes, sob responsabilidade do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Centros de Lançamento, sob cuidados da Aeronáutica.

No momento o Programa Espacial Brasileiro está focado basicamente em satélites, visto a força política do INPE no sistema. E o programa, como um todo, está mais enfraquecido, dia a dia, por falta de divulgação científica e falta de conhecimento técnico por parte da classe política.

Não existe nenhuma perspectiva anunciada de qualquer projeto em relação a voos tripulados. Portanto, a probabilidade de eu ser escalado pela AEB para um segundo voo espacial nos próximos anos é perto de zero.

Por outro lado, no Programa Espacial Americano houve uma mudança significativa desde a decisão de parada dos voos dos ônibus espaciais. Os recursos do projeto têm sido investidos pela NASA no setor privado, visando promover novas empresas e empregos no setor aeroespacial.

Com isso, empresas como a SpaceX tem recebido pesados investimentos e já vem apresentando resultados signifcativos para transporte de carga e, futuramente, astronautas e turistas para o espaço. No seu programa, já desenvolveram um foguete, o Falcon, e uma cápsula, a Dragon, que já levou cargas para a Estação Espacial Internacional.

Assim, no meu caso, existe uma perspectiva real de retorno ao espaço, dentro dos próximos anos, através do setor privado, especialmente o americano, para o desenvolvimento e operação dos veículos de transporte e estações espaciais. Tenho recebido convites de várias empresas privadas nesse contexto.

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Atualmente, o Soyuz tem sido o veículo de transporte único para as tripulações da Estação Espacial Internacional.
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Este veículo é um derivado do ônibus espacial, utilizando seus sistemas aperfeiçoados e adaptados para transporte de tripulação.
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Esta cápsula tem grandes planos. Já levou cargas para a ISS e agora deve começar a levar astronautas. Pode até ir a Marte no futuro.


Estratégia e Planos


Uma possibilidade é aguardar a remota possibilidade de escalação pelo Governo Brasileiro. Para isso, é necessário participar de forma mais intensa nas políticas e administração pública do Programa e influenciar positivamente as autoridades e políticos do país para que consigam enxergar e entender a importância de voos tripulados no programa espacial como ferramenta de desenvolvimento científico e de promoção do programa, o que é essencial para obtenção de recursos para os outros projetos do programa, como os satélites, que têm pouco ou nenhum apelo público.

Outra possibilidade é aceitar um convite internacional e partir para o setor privado como astronauta profissional, ajudando no desenvolvimento e operação de veículos de transporte ou estações privadas nos próximos anos.

O inconveniente dessa opção é o fato de ter de me afastar das minhas outras atividades no Brasil, especialmente aquelas ligadas à educação e o setor social. Eu acredito que possa ajudar bastante o país nessas áreas, mesmo que, para isso, tenha que entrar na política.

Ou seja, fica o dilema: seguir meu sonho de voltar ao espaço nos próximos anos; ou adiar esse sonho em prol de tentar ajudar o Brasil a sair da "proa" que estamos atualmente e que, sem dúvida nenhuma, nos levará a um desastre econômico e social nos próximos 5 ou 7 anos, se nada for feito imediatamente.

Riscos aos Planos


Certamente, existem diversos riscos à execução dos planos acima, entre eles:

  • Problemas de Saúde
  • Falta de apoio do meio político para um segundo voo
  • Assumir função administrativa fora do Brasil