Atualizado em Dezembro de 2013

Desde a minha seleção, por concurso púbico, pela NASA/AEB no Brasil, em 1998, para a Turma 17 de Astronautas da NASA, tenho estado à disposição do Governo Brasileiro para a realização de voos espaciais e como elemento de contato entre o Brasil, a NASA e outros órgãos ligados aos programas espaciais no mundo, como universidades e centros de pesquisas. Essa é a função básica de todos os astronautas, de todos os países: representar seus respectivos países nas organizações internacionais ligadas aos programas espaciais.

Após minha seleção no Brasil, realizei dois anos de curso para me graduar na NASA como astronauta profissional, tenho trabalhado com sistemas e relações institucionais desde então, realizei a Primeira Missão Espacial Brasileira em 2006 e continuo até hoje, depois de mais de 15 anos ininterruptos nessa função de astronauta, vivendo entre Houston e São Paulo e procurando sempre ajudar o desenvolvimento aeroespacial do Brasil, enquanto aguardo a escalação para meu segundo voo espacial.

Como já completei todo o curso, o treinamento básico e o treinamento avançado de astronauta na NASA e na Rússia, não há ncessidade do Brasil manter o pagamento à NASA para o meu treinamento enquanto espero escalação para o segundo voo. Isso significa uma economia aproximada de 200 mil dólares anuais para os cofres públicos.

Ainda, por economia, segundo o acordo assinado com a Agência Espacial Brasileira (AEB), enquanto não sou escalado para uma missão espacial, eu não tenho direito a nenhum salário pago pela AEB ou qualquer vínculo/benefício empregatício daquela organização. Apenas quando me escalarem novamente, eu passarei a ter dedicação exclusiva ao treinamento específico para a missão e passarei a receber o salário correspondente aos astronautas no nível de antiguidade da minha turma da NASA (17).

Atualmente, existe pouca probabilidade de escalação pelo governo (setor público), mas tenho pensado em aceitar um dos convites que tenho para trabalhar no setor privado internacional, onde existe grande damanda por astronautas profissionais para desenvolver os sistemas comerciais, assim como levar e trazer turistas espaciais ao espaço.

Um mês após regressar da Missão Centenário, o Comando da Aeronáutica determinou que eu fosse transferido para a reserva militar. A decisão do comando foi problemática para mim, visto que meu salário na reserva no Brasil corresponderia a um terço do salário da ativa militar nos Estados Unidos.

A solução veio graças a um artigo calunioso nos jornais em 2006, dizendo que eu tinha "pedido baixa" para poder fazer palestras com remuneração. Aquele artigo, embora tivesse sido escrito por razões obscuras, provavelmente em troca de pagamento, para me prejudicar, acabou me ajudando na situação financeira. Sua grande repercussão serviu para mim, na verdade, como uma propaganda para os empresários e lideres mais preparados intelectualmente, que perceberam a inverdade da imprensa e, ao mesmo tempo, viram naquilo uma ótima oportunidade de formação para seus funcionários e diretores.

Eles imediatamente notaram que segundo o artigo dizia, agora havia, no Brasil, um profissional com grande experiência internacional em gerenciamento de projetos de grande complexidade, segurança operacional e outros tópicos técnicos, assim como alguém com uma história de vida de superação e sucessoúnica e à disposição no mercado de palestras e cursos.

Aquilo, com um empurrãozinho de Deus (que sabe como transformar eventos "ruins" em soluções de vida), foi como resolvi a questão financeira difícil daquele momento e como ganhei uma nova profissão: palestrante técnico e motivacional. Diga-se de passagem, uma atividade que adoro!

Foi assim que, de certa forma, fui conduzido para o mercado de palestras e cursos corporativos, passando a ser convidado por empresas para ministrar palestras e ajudar no treinamento dos seus colaboradores.

Atualmente, através da "Academia Corporativa" Marcos Pontes", realizo centenas de palestras e cursos anualmente em empresas por todo o Brasil e exterior.

Outra atividade que gosto muito na Academia Corporativa é a função de Coach. No Brasil o termo Coach á ainda pouco conhecido na aplicação corporativa ou no desenvolvimento pessoal. Pouco a pouco a profissão está sendo estabelecida.

Em todo caso, nesta função, basicamente ajudo pessoas a terem sucesso e felicidade na vida, seja do ponto de vista pessoal ou do ponto de vista profissional.

Como?

Em coaching temos técnicas e treinamento para auxiliar nossos clientes a descobrirem seus objetivos, livrarem-se das amarras e pensamentos negativos, desenvolverem autoconfiança e melhorarem seu desempenho de forma geral, nas atividades do dia a dia e no trabalho. Resultado? Geralmente em 10 sessões, conduzidas por telefone ou pessoalmente, essas pessoas, clientes, já começam a ter resultados maravilhosos nas suas vidas, e eu, fico muito feliz em poder ajudá-las!

Na Organização das Nações Unidas, trabalho como Embaixador para o Desenvovlmento Industrial. Nosso foco principal é levar desenvolvimento para regiões carentes do planeta. Isso é feito de forma estruturada, utilizando a Educação como base e a análise das possibilidades de desenvolvimento econômico local para promover atividades comercial, criação de novas empresas e empregos.

Tudo isso é feito sempre levando-se em conta a preservação ambiental e o respeito às culturas.

As ações essenciais e complementares envolvem a melhoria das condições mínimas de vida, incluindo energia, água, moradia e alimentação, o desenvolvimento de possíveis atividade agrícolas, a implatação de projetos piloto para a infraestrutura essencial, seja para a produção ou o beneficiamento do produto, a formação profissional e a liderança para o planejamento e a organização da comunidade.

Além disso, como embaixador, tenho a responsabilidade de propor projetos e representar a ONU para Desenvolvimento Industrial em eventos e reuniões internacionais. Na Onu, atuamos em mais de 170 países.

O ensino profissionalizante é essencial para a mudança de vida dentro das comunidades em todo o mundo. No campo empresarial, um dos limitantes para a implantação de novas empresas em uma região, geralmente é a falta de mão de obra especializada técnica para o desenvolvimento das atividades comerciais da empresa no local.

Como Embaixador da WorldSkills International e na WorldSkills Foundation, minha função é motivar jovens para os cursos profissionalizantes assim como intervir junto a governos e autoridades para a criação de escolas profissionalizantes públicas e de infraestrutura de treinamento e est;agios dentro de empresas privadas.

Na WorldSkills atuamos em mais de 50 países.

A Fundação Astronauta Marcos Pontes desenvolve projetos na área da Educação e de pesquisa científica, em especial para o Desenvolvimento Sustentável.

Como Presidente do Conselho Curador da fundação, posso opinar sobre as estratégias e projetos da Fundação.

O Intituto Nacional para Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico (IDEA) atua em projetos no setor de aviação civil e de tecnologia espacial em todo o Brasil. Como diretor técnico, supervisiono os projetos do setor espacial e proponho soluções técnicas no desenvolvimento dos mesmos e na estratégia do Instituto.

Sob convite do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP, no Campus de São Carlos, SP, ministro alguns cursos complementares para nossos futuros engenheiros. No Instituto de Estudos Avançados da mesma escola, sob convite do Professor Sérgio Mascarenhas, auxilio no desenvolvimento de projetos, como Pesquisador Convidado. Contudo, no último ano, depois de concluir a criação do currículo do curso de engenharia aeroespacial, fiquei afastado da universidade aguardando decisão da reitoria e do MEC para a inclusão do curso na oferta de cursos aos alunos do Brasil.

Devo retornar às atividades no campus após a aprovação do curso.

Escrevi 3 livros e tenho mais alguns na "prancheta" para lançamento em breve. Esta é uma atividade que me dá muito prazer, e pretendo ainda escrever muitos livros!

Sou sócio proprietário da Agência Marcos Pontes de turismo de aventuras. Na empresa, além do sentido comercial, também realizamos sonhos das pessoas. Essa é a parte mais apaixonante. Olhar para o rosto de uma pessoa que sempre quis voar em um caça, retornando de um voo supersônico ou na estratosfera, é algo muito marcante. Minha empresa faz isso: realizar sonhos.

Temos pacotes turísticos no mar, na terra, no ar e no espaço!

Bem, contrário ao que alguns infelizes pensavam, ou queriam, minha "aposentadoria" ainda está distante. Tenho pelo menos mais uns 15 anos para aproveitar as maravilhas de poder me sentir produtivo e muito feliz através do trabalho. Na verdade, faço exatamente o que gosto na vida. É até difícil chamar isso de trabalho. E isso é MUITO bom!

E tem mais...

Aguardem... teremos boas novidades!