Um ano e meio depois de se tornar quase um herói (expressão
que ele não gosta), o tenente-coronel Marcos Pontes,
o primeiro brasileiro a viajar pelo espaço, continua
despertando curiosidade e interesse, principalmente dos jovens.
Na sua primeira visita a Mogi, ontem à noite, não
foi diferente. Cerca de 1.200 pessoas, a maioria estudantes,
acompanharam a palestra do astronauta na abertura da 2º
Simpósio de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade
Braz Cubas (UBC), cujo tema é “Inovações
Tecnológicas: Desafios e Perspectivas”.
Vestindo
uma camisa que fazia referência à bandeira do
Brasil, Pontes falou da experiência de passar dez dias
no espaço a bordo da nave Soyuz TMA-8 e fazer experiências
na Estação Espacial Internacional, em abril
de 2006. Ele foi um dos tripulantes da missão Centenário,
que recebeu esse nome em homenagem ao centenário do
vôo de Santos Dumont. Mas a mensagem principal foi,
segundo ele, maior que isso: “Meu objetivo é
mostrar aos jovens que com vontade, comprometimento e esforço
é possível alcançar um objetivo”.
Engenheiro
aeronáutico e mestre em Engenharia de Sistemas, além
de piloto de provas e funcionário da Nasa, o astronauta
Marcos Pontes tem se dedicado, entre outras atividades, a
fazer palestras que estimulem os jovens a se interessar por
ciências e tecnologia. Ele exemplifica dizendo que antes
da missão Centenário, a Olimpíada Brasileira
de Astronomia e Astronáutica realizada todos os anos
no País teve no máximo 107 mil jovens inscritos:
“Depois da minha ida ao espaço esse número
passa dos 300 mil”.
O
2º Simpósio de Ciências Exatas e Tecnologia
da UBC prossegue hoje com palestras pela manhã e à
noite e termina amanhã. Na abertura do evento, além
do astronauta, participaram o pró-reitor da UBC, Saul
Grinberg, e coordenadores do curso. (A.A.)
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