"Sonhos são as coisas mais preciosas que temos.
São como sementes que plantamos no nosso destino. Contudo, para germinarem e se transformarem em árvores de sucesso,
precisam do nosso trabalho diário e da nossa persistência!"
Marcos Pontes
Atualizado em Dezembro de 2013
Quem me conhece pessoalmente ou acompanha os fatos da minha carreira e entrevistas sabe o quanto o desenvolvimento da Educação, da Ciência e Tecnologia do Brasil são importantes para mim.
Dentro de cada uma dessas áreas tenho ideias e planos específicos, mas aqui, gostaria de ressaltar um sonho que, de certa forma, congrega várias áreas do meu interesse: a criação de uma universidade pública civil voltada exclusivamente para o setor aeroespacial.
Visualizo essa universidade no interior do Estado de São Paulo, com pequeno porte, mas com extrema qualidade de ensino. Vejo centenas de alunos caminhando por praças gramadas entre prédios confortáveis, no estilo de universidades pequenas americanas, e respirando tecnologia aeroespacial no seu dia a dia. Vejo aviões decolando e hangares cheios de alunos aprendendo mecânica aeronáutica e a "arte de voar". Sim, além de cursos específicos de cada de engenharia voltados para o desenvolvimento aeroespacial, todos os alunos também frequentam aulas de pilotagem. O ingresso na universidade só é possível para estudantes que tenham frequentado pelo menos 3 anos em escolas públicas.
Voltando à realidade, em 2013, atualmente, existem algumas universidades no país com alguns cursos para o setor. Acho isso ótimo.
Contudo, para o setor aeroespacial imagino que podemos fazer mais. Uma universidade civil inteira voltada especificamente para o setor, incluindo cursos de gestão, engenharia, técnicos, especializações e pós-graduações, por exemplo, em projetos de aeronaves, propulsão, sistemas espaciais, piloto privado e comercial, mecânica orbital, segurança de voo, sensoriamento remoto, projeto de satélites, operações espaciais, projetos de aeroportos, gestão de aeroportos, mecânica aeronáutica, tráfego aéreo, gestão da aviação civil, sistemas aeronáuticos, aviônicos, ensaios em voo, etc.
Quanto à pesquisa, associado à universidade, imagino um laboratório compartilhado entre diversas empresas e centros de pesquisas do país no sentido de reduzir custos de desenvolvimento de inovações e novos produtos, assim como para reduzir a enorme distância hoje existente entre a Academia, a Indústria e os Centros de Pesquisas. Isso é comum em países desenvolvidos. No Brasil, raro ou inexistente.
Em resumo, usando a universidade como referência, nós temos no Brasil tudo o que é necessário para criarmos organizações desse tipo, incluindo recursos. Nós temos uma demanda crescente do setor aeroespacial no mundo. Nós precisamos de mais inovações no setor. Nós só precisamos de mais atitude e vontade política para transformar esses sonhos em realidade.
Gradualmente introduzir a ideia entre as autoridades e políticos. Procurar participar mais ativamente do meio político para ajudar no planejamento técnico e na tomada de decisão favorável à Educação, Ciência e Tecnologia.
Certamente, existem diversos riscos à execução dos planos acima, entre eles: